Receita de Felicidade
- Samuel SanCastro
- 4 de abr. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de jul. de 2024
A busca pela felicidade é uma constante na vida humana e há quem acredite que uma vida inteira possa não ser o suficiente para alcançar a tão desejada felicidade; outros mais otimistas dizem que é possível encontrá-la mas que leva muito, muito tempo.
Recentemente, um estudo seguido pela Universidade de Harvard, sob a liderança do Dr. Robert Waldinger, lançou luz sobre os fatores que criaram para uma

vida feliz e satisfatória, mas além de obter resultados surpreendentes, quando tal estudo se tornou conhecido publicamente, outra coisa chamou muito a atenção das pessoas, que foi o tempo de construção. Os pesquisadores iniciaram esse estudo há mais de 75 anos. E você deve estar pensando: UAU! Que pesquisa longa! pois é, então nunca mais diga que passou muito tempo pesquisando sobre mais nada.
Em suas pesquisas, a equipe descobriu que, ao contrário do que muitos acreditam, dinheiro e sucesso profissional não são os principais fatores que levam à felicidade. Em vez disso, as relações interpessoais saudáveis, incluindo amizades e conexões familiares, são fundamentais para uma vida feliz e significativa.
Essa descoberta não é surpreendente para a psicanálise, que reconhece a importância das relações interpessoais para o desenvolvimento emocional e psicológico. Através de profundamente com outros seres humanos, somos capazes de encontrar apoio emocional, sentir-nos amados e valorizados, além de desenvolver uma sensação de pertencimento. Esses aspectos ajudam a construir uma vida feliz e satisfatória.
"A filosofia estoica, por exemplo, propõe a aceitação das dificuldades como parte da vida e o desenvolvimento de uma resiliência emocional para enfrentar os desafios."
No entanto, a psicanálise também entende que as relações interpessoais podem ser fontes de sofrimento. Como as dinâmicas relacionais são complexas e muitas vezes inconscientes, o que pode levar a relacionamentos disfuncionais e infelizes. Por isso, o autoconhecimento e a terapia são importantes para a construção de relações mais saudáveis e felizes.
Outro aspecto importante é que a felicidade não pode ser vista como um objetivo absoluto, mas como um processo. A vida é feita de altos e baixos, e é natural passar por momentos de tristeza e sofrimento. A filosofia estoica, por exemplo, propõe a aceitação das dificuldades como parte da vida e o desenvolvimento de uma resiliência emocional para enfrentar os desafios. Portanto, a busca pela felicidade não deve ser vista como uma busca pelo estado permanente de alegria, mas como a construção de uma vida significativa, com altos e baixos, mas com relações interpessoais saudáveis e um propósito maior.
Em suma, o estudo da Universidade de Harvard reforça o que a psicanálise já havia destacado: as relações interpessoais saudáveis são fundamentais para uma vida feliz e satisfatória. Não se trata de uma fórmula exata, mas sim de um processo contínuo de busca pelo autoconhecimento e construção de conexões com outros seres humanos. A felicidade não é um objetivo a ser alcançado, mas sim uma jornada a ser vivida com propósito e resiliência.
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